O movimento Outubro Rosa surgiu na década de 1990 com o objetivo de estimular a participação da população no controle do câncer de mama. Celebrada anualmente, a campanha busca compartilhar informações sobre a doença, promover a conscientização, ampliar o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado, e, com isso, contribuir para a redução da mortalidade.

Câncer de mama: vamos falar sobre isso?

A campanha de 2018 adotou o tema: “Câncer de mama: vamos falar sobre isso?”. O foco foi reforçar as orientações do Ministério da Saúde sobre o rastreamento da doença e desmistificar conceitos que ainda geram dúvidas.

Entre os principais pontos abordados estão:

  • A importância de conhecer o próprio corpo e identificar alterações suspeitas;
  • A recomendação de mamografia de rastreamento a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos;
  • A diferença entre mamografia de rastreamento (preventiva) e mamografia diagnóstica (investigativa);
  • Os benefícios e limitações da mamografia;
  • A valorização do autoconhecimento como ferramenta de prevenção.

Detecção precoce aumenta as chances de cura

O câncer de mama, na maioria dos casos, pode ser detectado em estágios iniciais, o que eleva significativamente as chances de tratamento e cura. Por isso, é fundamental que todas as mulheres estejam atentas ao seu corpo, independentemente da idade.

A maior parte dos casos é descoberta pelas próprias mulheres, ao notar alterações incomuns nas mamas. Por isso, o autoexame e a observação contínua são aliados poderosos na prevenção.

Quando procurar um médico?

Mulheres com histórico familiar ou outros fatores de risco devem consultar seu médico para avaliação individualizada. O profissional poderá indicar condutas específicas de rastreamento ou monitoramento mais frequente, conforme o perfil de risco.


Qual é a diferença entre mamografia de rastreamento e mamografia diagnóstica?

Mamografia de rastreamento

Indicada para mulheres de 50 a 69 anos, a mamografia de rastreamento é realizada mesmo sem sintomas e tem como objetivo detectar precocemente alterações suspeitas. A recomendação é que seja feita a cada dois anos, conforme orientações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mamografia diagnóstica

Já a mamografia diagnóstica é indicada quando há sinais ou sintomas de alterações nas mamas, como nódulos, secreções ou mudanças na pele. Esse exame pode ser solicitado em qualquer faixa etária, a critério médico.

Contudo, em mulheres mais jovens, a mamografia diagnóstica pode ser menos precisa devido à maior densidade das mamas, o que aumenta a chance de resultados inconclusivos. Nesses casos, outros exames complementares podem ser utilizados, como a ultrassonografia.


O Outubro Rosa é mais do que uma campanha: é um convite à informação, ao cuidado e à prevenção. Quanto mais cedo o câncer de mama for detectado, maiores são as chances de sucesso no tratamento.

Conheça seu corpo, mantenha seus exames em dia e, em caso de dúvidas, procure orientação médica. A prevenção ainda é o melhor caminho.